INFORMAÇÃO SUMÁRIA DA FREGUESIA DE PRADO
Padroeiro: S. Lourenço.
População: 452 habitantes (I.N.E.2011) Eleitores: 525 inscritos (2011).
Actividades económicas: Agricultura e pecuária, pequeno comércio e pequena indústria.
Festas e romarias: Santo Amaro (15 de Janeiro) e S. Lourenço (10 de Agosto).
Património cultural e edificado: Igreja paroquial, capelas da Serra, de Santa Bárbara e de Santo Amaro.
Outros locais de interesse turístico: Margens e pesqueiros no rio Minho e Monte de Prado .
Gastronomia: Arroz de lampreia, trutas, salmão, sável, vinho Alvarinho.
ASPECTOS GEOGRÁFICOS DA FREGUESIA DE PRADO
Prado, localizada junto da margem esquerda do rio Minho, encosta-se geograficamente à sede do concelho, ocupa uma área de 261 hectares.
Confronta com o rio Minho (tendo a Galiza na outra margem), a norte, com a Vila, Roussas e S. Paio, a nascente, Paderne, a sul e poente, e Remoães, a poente.
Compreende os seguintes lugares principais: Cortinhas, Corredoura, Gandras, Morinheiras, Outeirão, Rego, Souto, Leiros, Ferreiros, Serdedo, Santo Amaro, Breia,
Palheiros, Secas, Bouços, Bouça Nova, Raposos, Arrochal, Serra e Malhagrilos.
RESENHA HISTÓRICA DA FREGUESIA DE PRADO
É terra antiga, com povoamento remoto. Provam-no os muitos vestígios de considerável valor arqueológico encontrados nos seus limites. Rocha Peixoto aí encontrou vestígios de cerâmica ornamentada em alguns sítios arqueológicos desta freguesia e particularmente no Monte de Prado sobranceiro ao rio Minho. São peças em pedra lascada, da Idade da Pedra, e objectos em cerâmica com ornamentações ou outros utensílios, de épocas também longínquas mas posteriores.
De acordo com o Pe. Aníbal Rodrigues, o seu topónimo terá origem na existência de grandes e numerosas propriedades de pastagem para o gado vacum, caprino e lanígero. Na verdade, é célebre na história de Melgaço o chamado monte de Prado, onde passavam o Inverno os gados de Castro Laboreiro. Luís Vale descreve o monte como “verdadeira mancha verde de pinheiros, um local de prazer e repouso, descendo por pequenos vales frondosos até à frescura das águas do Minho’.
As terras são baixas e férteis, bem irrigadas, mas soalheiras, o que levaria os pastores das zonas montanhosas a descer até estes prados com os seus gados, sempre que lá em cima os pastos se tornavam escassos.
S. Lourenço de Prado foi freguesia filial, tal como a vizinha Remoães, da de S. Paio.
No registo feito para avaliação dos bens e rendimentos paroquiais em 1546, quando a paróquia já pertencia à diocese de Braga, ficou anotado que metade de São Lourenço de Prado andava anexa a Santa Maria do Campo e que a outra metade tinha sido doada a São Paio de Melgaço.
O abade de S. Paio apresentava o vigário, que tinha trinta mil réis de côngrua e o pé-de-altar. A renda era dividida em quatro partes iguais: uma para o abade da freguesia mãe; outra, chamada renda do castelo, para a casa de Bragança; as outras duas eram para a mesa arquiepiscopal de Braga.
A infanta D. Urraca, filha de D. Fernando Magno, deu metade desta renda a D. Jorge, bispo de Tui, em 1071. Onega Fernandes e seus filhos, Paio Dias e Argenta Dias, deram ao bispo D. Afonso a quarta parte, em 1118. Finalmente, a rainha D. Teresa e seu filho, D. Afonso Henriques, deram ao mesmo bispo, em 1125, a quarta parte restante.
A freguesia beneficiou, em Novembro de 1513, do foral de Melgaço, concedido em Lisboa por D. Manuel 1. Em 1839 fazia parte da comarca de Monção. No ano de 1874 constava já na comarca de Melgaço.
No campo monumental, merecem referência nesta freguesia, para além das capelas da Serra, de Santa Bárbara e de Santo Amaro, principalmente a igreja paroquial, do século XVIII e sem um estilo definido, e algumas alminhas.
Nesta freguesia está localizada uma Escola Profissional para pessoas com problemas físicos, motores e intelectuais que tem tido uma grande repercussão em todo o Alto Minho. E já na fronteira com a freguesia da Vila está um espectacular Centro de Estágios Desportivos do Alto Minho, com campos desportivos, ginásios, pistas de atletismo e um belo hotel residencial.
A relativa proximidade da Vila de Melgaço faz com que não seja necessário um convívio com algum significado económico para além da oferta de bens de consumo corrente e imediato. Aliás todos os serviços são procurados em Melgaço. Os acessos viários à freguesia são razoáveis e assentam na E.N. Valença – Monção – Melgaço e na rede municipal.
INFORMAÇÃO SUMÁRIA DA FREGUESIA DE REMOÃES
Padroeiro: S. João Baptista.
Habitantes: 124 habitantes (I.N.E.2001) e 165 eleitores em 31-12-2003.
Sectores laborais: Agricultura, pecuária, vinicultura, pesca fluvial e extracção de madeira..
Tradições festivas: Nossa Senhora das Candeias (2 de Fevereiro) e S. João Baptista (24 de Junho).
Valores Patrimoniais e aspectos turísticos: Igreja paroquial, Ponte da Folia, Quinta do Pombal e dos Cavencas, Termas de Melgaço, margens e pesqueiras do rio Minho, Praia fluvial Pelinha e monte de Prado.
Valores gastronómicos: Lampreia.
ASPECTOS GEOGRÁFICOS DA FREGUESIA DE PRADO
A Freguesia de Remoães, é uma das mais pequenas do distrito de Viana do Castelo, (ocupa cerca de 96 ha). Porém são terras de grande valor, tanto nos aspectos turísticos e históricos como nos aspectos agrícolas (compõe-se essencialmente de terras férteis face à sua localização em zona ribeirinha tanto do rio Minho como do rio Folia) . Cerca de três quilómetros separam esta freguesia da sede do concelho a que pertence, a vila de Melgaço. É confrontada a norte com o rio Minho, tendo Espanha na outra margem, a nascente com a Freguesia de Prado, a sul e a poente faz limite, com a Freguesia de Paderne.
É de referir, que a freguesia de Remoães partilha com a freguesia de Paderne, as Termas do Peso ou de Melgaço, onde se concentra uma importante actividade turística. Aí encontra-se o rio Folia que divide esta freguesia de vizinha Paderne. Encontra-se, também a atravessá-lo a Ponte da Folia que é de origem romana .
RESENHA HISTÓRICA DA FREGUESIA DE REMOÃES
O Monte de Prado é outra das riquezas que esta freguesia possuí e que divide com a freguesia de Prado. Aí prova-se a antiguidade desta terra visto que têm sido encontrado vestígios arqueológicos de identificação castreja.
Ainda a respeito da história desta freguesia, no livro “Inventário Colectivo dos Arquivos Paroquiais vol. II Norte Arquivos Nacionais/Torre do Tombo” diz textualmente:
« Até 1258, não se encontra documentação relativa a Remoães.
Apenas nas terceiras Inquirições de D. Dinis, do ano de 1307, é mencionada, reconhecendo o inquiridor régio a Remoães o privilégio de “honra”.
Américo Costa descreve-a como vigairaria anexa à freguesia de São Paio de Melgaço e da apresentação do abade desta última, antes de se tornar independente.
Em termos administrativos pertenceu, em 1839, à comarca de Monção e, em 1874, à de Melgaço».
Nos aspectos económicos da sobrevivência do povo desta freguesia estão desde há muitos séculos a pesca e a agricultura. Actualmente sobressaem-se a cultura do vinho alvarinho e a pesca da lampreia que aqui no extremo norte do país e já com o rio Minho afastado cerca de 75 km da foz dizem se pescar as melhores espécies deste peixe.
No campo do património legado pelos antepassados, e ainda com importância no sector da pesca artesanal é de se referir as “Pesqueiras” no rio Minho.
Fontes consultadas: Dicionário Enciclopédico das Freguesias, Freguesias – Autarcas do Séc. XXI, Inventário Colectivo dos registros Paroquiais Vol. 2 Norte Arquivos Nacionais /Torre do Tombo.